460 - A Cidade Celestial

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[1]
Tenho lido da bela cidade,
Situada no reino de Deus,
Com seus muros de jaspe luzente,
Juncada de lindos troféus;
No meio da praça está o rio
Da vida e vigor eternal,
Mas metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.


Jamais se contou ao mortal;
Jamais se contou ao mortal;
Metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.

[2]
Tenho lido das belas moradas,
Que Jesus foi no Céu preparar,
Onde os crentes fiéis para sempre
Felizes irão habitar;
Tristeza, nem dor, nem velhice
Atingem a mansão paternal,
Mas metade da glória futura
Jamais se contou ao mortal.

[3]
Tenho lido das vestes brilhantes,
Das coroas que os salvos terão,
Quando o Pai lhes disser,
Convidando-os:
"Tereis eternal galardão".
Tenho lido que os santos na glória
Pisam ruas de ouro e cristal,
Mas metade da história inaudita
Jamais se contou ao mortal.

[4]
Tenho lido do eterno Cordeiro
Que recebe o mais vil pecador,
Que nos dá plena paz e ventura
No reino de graça e de amor.
Tenho lido de graça e de amor.
Tenho lido do amor previdente
Que exerce o Pastor divinal,
Mas metade dos bens inefáveis
Jamais se contou ao mortal.


Manoel de Arruda Camargo