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246 - Espera Em Deus

[1]
Qual suspira a corça inquieta,
Pelas àguas, a bramir,
Tua divinal presença
Que minha alma, ó Deus, sentir.
Sede intensa me angustia,
Quando, ó Deus, virá o dia
De contínuo me alegrar
Por teu rosto contemplar?

[2]
Só de lágrimas amargas
Tenho enchido os dias meus,
Pois os ímpios me atormentam
Perguntando por meu Deus.
Choro então os velhos dias
Quando, em santas alegrias,
Proclamava o teu louvor
Junto a ti, ó meu Senhor.

[3]
Em rajadas tormentosas
Teu juízo me alcançou;
E minha alma, inda ferida,
Penitente, se humilhou.
Tu então, meus pés guiando,
Com ternura me amparando,
Alto abrigo me vens dar
E na rocha me firmar.

[4]
Por que tremes, ó minha alma,
E te abates dentro em mim?
Vão bem longe os teus anseios,
Deus ao teu penar pôs fim.
Ele as ondas más quebranta.
Nos seus braços te levanta.
Ó minha alma, sem temor,
Canta a Deus o teu louvor!


Rev. Manoel da Silveira Porto Filho

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