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411 - A Sementeira da Palavra


[1]
Na tênue luz da madrugada
Do leito salta o semeador.
Ei-lo a seguir a sua estrada;
Fiel, constante em seu labor.
Tem a semente da Verdade,
A vida eterna, o sumo bem;
No coração da humanidade
Semeando vai, semeando vem.

[2]
Cai a semente em solo ingrato,
A passarada a comerá;
E o semeador, no desbarato,
Calado sofre a sorte má.
Cai mais além, por sobre a rocha,
Não tem raiz no seu crescer;
Se promissora desabrocha,
É para logo emurchecer.

[3]
Cai sobre o sulco, e nasce e medra;
Quanta esperança, ó semeador!
Nem solo mau nem rija pedra;
Mas surge o espinho em derredor.
E o semeador não desanima
No labutar, nas provações;
Seu Deus de amor o vê de cima,
E lhe prepara os corações.

[4]
E o semeador de madrugada,
Fiel, não tarda a estar de pé;
Para o labor, seguindo a estrada,
Com esperança a ardente fé,
Ora e confia. Na fadiga
Não o detém temor nenhum;
Já brota a seara, e em cada espiga
Sessenta, e trinta, e cem por um.

Rev. Otoniel Mota