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277 - Venturoso, O Justo


[1]
Venturoso o que não vaga
Pela estrada criminosa
Da impiedade, e a voz dolosa
Do malvado que extravaga
Com sorriso não afaga;
Nem do vício corruptor
Na cadeira pestilente
Se assentou, com cego ardor;
Antes posta sempre a mente
Traz na lei do Criador!

[2]
Qual arbusto que, plantado
Junto às águas da corrente,
Com frescura permanente,
Sempre está verde e copado,
E, no tempo apropriado,
Troca em fruto a tenra flor;
Tal o justo que se esmera,
Na lei santa do Senhor;
Logo tudo lhe prospera,
Tudo corre a seu sabor.

[3]
Não assim a gente ímpia,
Mas qual leve pó, que o vento
Ergue e varre num momento,
Pelos ares solto envia;
É por isso que, no dia
Do juízo se verão
Maus e justos separados;
Pois os maus perecerão,
E aos fiéis, de glória armados
O Senhor dará a mão.

Pe Antonio Pereira de Souza Caldas