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Palavras eruditas presentes no Hinário Evangélico


Palavras eruditas ou que caíram em desuso no costume popular tornaram-se incompreensíveis. Assim, o propósito deste trabalho é contribuir para que ao cantar e louvar ao Senhor através de cânticos consagrados e lindos, as pessoas, de qualquer nível social, possam entender perfeitamente seu significado.
As palavras constam em ordem alfabética e tem em frente o número do(s) hino(s) em que são utilizadas. Abaixo vem a descrição de seu significado através de sinônimos ou explicações colhidas principalmente do Dicionário Aurélio.
Sugestão: Que a Editora, que produz e distribui o Hinário, imprima um asterisco após cada palavra erudita e no rodapé do próprio hino repita a palavra com o respectivo sinônimo ou explicação.
ACRISOLA – 148
- purifica.
AFÃ – 390
- ânsia.
AGRURAS – 471
- empecilhos, dificuldades.
ALBOR – 292
- primeira luz do dia.
ALBORES – 412
- primeiras luzes do dia.
ALCANTIL – 120
- rocha escarpada.
ALEIVOSOS – 410
- fraudes.
ALENTA-LHE – 208
- anima-lhe.
ALENTO – 03,140,190,212,364
- coragem, ânimo.
ALFIM – 126
- finalmente.
ALTANEIRA – 407
- elevada.
ALTIVO – 139,435
- nobre.
ALVA – 54
- a claridade da manhã.
ALVOR – 431
- a claridade da manhã.
AMEIAS – 04
- detalhe decorativo das antigas muralhas.
AMIÚDE – 497
- repetidas, constantes.

Hinário Evangélico [Apresentação]

O hinário traz a contribuição de poetas e músicos de vários séculos e é fruto do trabalho cuidadoso da Confederação Evangélica do Brasil, que, por meio da vida e dedicação de muitos pastores, pastoras, professores, professoras, poetas, poetisas, músicos, maestros, maestrinas, tradutores, linguistas, autores, autoras, compositores e compositoras organizou essa valorosa coletânea. Para manter a memória do que foi realizado, resgatamos a história da concepção deste Hinário Evangélico.
“Na primeira edição, parcial, mencionaram-se alguns dos nomes que estão indelevelmente ligados a este empreendimento. Já agora, é imperativo fazer-se referência mais ampla a essa contribuição de talentos, tempo e perseverança, postos consagradamente a serviço da valiosa iniciativa.
A Comissão de Hinário, que cuidou do preparo das letras, foi inicialmente integrada pelo rev. Matatias Gomes dos Santos, que, por longos anos, exerceu a sua presidência, rev. prof. Otoniel Mota e dr. Henrique Jardim, todos de saudosa memória, e os reverendos Epaminondas Melo do Amaral, Franklin T. Osborn, Jaime Sanderland Cook e Antônio de Campos Gonçalves. Posteriormente, o rev. Manuel da Silveira Porto Filho sucedeu ao dr. Henrique Jardim. 
Na parte final dos trabalhos, a Comissão de Hinário foi constituída pelo rev. Rodolfo Garcia Nogueira,rev. Antônio Campos Gonçalves, que participou dos trabalhos desde o início, em dezembro de 1935, até o final, em outubro de 1961, e rev. prof. João Marques da Mota Sobrinho, que exerceu a sua presidência durante sete anos, pondo em todos eles não só a sua cultura e os seus talentos, como o coração e a alma ao serviço da hinologia evangélica, compondo hinos, traduzindo e adaptando letras, consagrando dias e meses, em anos consecutivos, a esse empreendimento, aprimorando a obra, corrigindo senões, cuidando da forma e do conteúdo e zelando pela beleza e pela unção espiritual do cântico evangélico. 
A Comissão de Música foi, a princípio, integrada pela maestrina Henriqueta Rosa Fernandes Braga e professores Alberto Ream, dr. Darcy Araújo Prado e srta. Hora Diniz Lopes, que concorreram com seu talento e a sua dedicação para a escolha da músicas dos primeiros 230 hinos, da edição preliminar do Hinário Evangélico. 
A seguir, foi organizada nova Comissão de Música, formada pelos professores João Wilson Faustini, P. Inglada e A. Zimmermann, que não só escolheu músicas para as letras restantes, como procedeu ao reestudo de todo o Hinário, apontando tônicas deslocadas, substituindo algumas músicas, fazendo novas composições e harmonizações, enriquecendo, por essa forma, a hinologia evangélica. 
Aos professores Inglada e Zimmermann foi confiada a tarefa de organizar o Hinário e preparar cinco índices, a saber: (1) dos assuntos, (2) do primeiro verso, tanto da primeira estrofe como do coro, este com grifo, (3) do metro musical, (4) do título das músicas e (5) dos compositores, autores e tradutores. 
(...) Na companhia destes se alinham outros, não menos consagrados, quer produzindo hinos sacros e concorrendo para a escolha de músicas, quer sugerindo mudanças e observando senões, ou cedendo o uso de músicas, ou de letras, à semelhança do que se deu com o hino de nº 15, Nossas Almas Jubilosas, letra original do prof. Otoniel Mota, cedida pela profª Henriqueta Rosa Fernandes Braga, para a primeira edição, parcial, deste Hinário, ainda antes de publicado em Cânticos de Natal, para o qual foi especialmente preparado. 
Se longo foi o período requerido para a conclusão da obra, proveitoso terá sido, por outra parte, porquanto cada letra e cada música puderam ser vistas e revistas, examinadas e reexaminadas, e até onde foi dado às duas comissões, alcançou-se labor aprimorado, com perfeita coincidência de tônica, e a apresentação de letras novas e novas músicas vem enriquecer a hinologia brasileira. 
Em face da impossibilidade de se excluírem de hinários evangélicos brasileiros músicas reconhecidamente tradicionais, embora não caracteristicamente sacras, a Comissão de Música teve o cuidado de escolher, preferencialmente, para a primeira e segunda partes do Hinário, para as Secções sobre a Vida de Cristo e a Igreja e Meios de Graça, músicas boas, livres de ritmos menos sacros, incluindo, entretanto, na terceira parte, sobre a Vida Cristã, músicas que, embora não perfeitas no aspecto técnico-religioso, merecem figurar em uma coletânea de letras e músicas das Igrejas Evangélicas em nossa pátria, pela aceitação que tiveram e por estarem sendo reclamadas, ainda agora, pelo Evangelismo, em geral. 
A classificação dos hinos obedeceu a novo critério, mais condizente com tendências latinas, e as músicas novas, incluídas, não poderiam, por sua natureza, deixar de figurar em um Hinário Evangélico de Igrejas como as que operam valorosamente em nossa terra. 
A quantos concorreram para que esta obra viesse a bom termo, o sincero agradecimento da Confederação Evangélica do Brasil. Que Deus abençoe o esforço feito, para que o louvor ao seu Santo Nome seja entoado pelos filhos de Deus, destes rincões do Cruzeiro do Sul, com mais perfeição, com mais ardor, com expressão espiritual e unção religiosa.” 
Texto retirado da “Apresentação” do Hinário Evangélico, 3ª edição.

O hinário e sua importância espiritual

"Enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a Nosso Pai,em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo." (Ef 5.18-20).

Depois da Bíblia, o hinário ocupa o lugar mais importante na vida cristã de cada crente metodista, bem como nas cerimônias de adoração e louvor da igreja. Ele não é um livro independente da bíblia: é a própria mensagem bíblica apresentada em forma artística, como recurso da música e da poesia. Podemos mencionar membros de nossas igrejas, os/as quais tiveram sua conversão ligada à letra e música de um hino! A experiência cristã de cada seguidor/a de Jesus é enriquecida e fortalecida pelos hinos e cânticos que, além de apelarem para a razão, apelam também para o coração.
Folheando o hinário, encontramos informações e nomes das mais variadas nacionalidades e épocas, denotando estilos, origens e datas diferentes. Ilustremos um pouco: O hino "Ao Deus de Abrão Louvai", nº. 105, é melodia judaica do ano 1400, aproximadamente, tendo recebido arranjo e letra cristã, em 1770; "A Deus Supremo Criador" n°. 85, que cantamos na doxologia dos cultos, vem do Saltério Genovês, de 1551; "Castelo Forte", n°. 206, o grande hino de Martinho Lutero, é de 1529. Há também um grande número de hinos de autores e épocas mais recentes, alguns deles até de músicos nossos conhecidos, pertencentes ao rol de membros de nossas igrejas.
Um breve esboço dessa herança musical sacra pode ser assim representado: A era bíblica - cerca de 2000 a.C. até 100 d.C; A era do cristianismo primitivo - 130 até 1500; A era do protestantismo histórico - 1500 até 1700; A idade áurea da história evangélica - 1700 a 1800; A era moderna e contemporânea - de 1800 até nossos dias.
Os hinos do hinário constituem uma rica herança da cristandade. Nela incluímos a era bíblica porque, até hoje, cânticos espirituais da bíblia, em especial os Salmos, fazem parte do louvor e adoração do povo de Deus e têm constituído fonte de inspiração para muitos de nossos hinos. O livro de Salmos foi o primeiro conjunto de cânticos espirituais usados na Igreja Cristã. No antigo Israel eles constituíam o grande e glorioso hinário do povo de Deus, usado em todas as importantes cerimônias do templo e nas peregrinações anuais rumo a Jerusalém, por ocasião das grandes festas nacionais e a Igreja Cristã passou a fazer uso deles para manifestar o seu louvor a Deus.
Com o passar dos tempos, o uso da música sacra foi tomando formas diversas, num desenvolvimento lento, uma vez que se tinha preocupação em evitar as aparências com o uso da música nas cerimônias pagãs. Foi com Martinho Lutero, na Reforma do século XVI, que o uso da música começou a ocupar papel de relevo nos cultos e na vida particular de cada crente. Por toda a parte, afirmam os historiadores, cantavam-se os hinos contendo a mensagem da bíblia. Lutero deu liberdade a uma grande criatividade no que se referia à música e cânticos espirituais, o que incentivou o seu uso na vida dos fiéis. Já João Calvino, reformador francês, defendia uma posição rígida no que se referia ao louvor na igreja. Acreditava que apenas o que tivesse vindo diretamente de Deus, através da Bíblia, deveria ser usado, permitindo apenas o uso dos Salmos bíblicos, com pouquíssima musicalização, e proibindo qualquer instrumento. O louvor quase que consistia somente de leituras responsivas.
Tempos depois, os Quakers, nos EUA, chegaram ao ponto de rejeitar qualquer uso de música nos cultos, como se fosse costume profano e impróprio. Unicamente leitura bíblica era permitida. Foi no século XVIII, principalmente com João e Carlos Wesley e Isaac Watts, que o uso de hinos nas cerimônias religiosas e na vida cristã em geral, alcançou o seu auge. Esse século é chamado a Idade Áurea da hinódia cristã-evangélica. Tanto no movimento metodista, liderado por Wesley, como em outras denominações evangélicas, grandes movimentos de reavivamento espiritual e de evangelização tinham nos cânticos a base de propagação da mensagem de Deus. Carlos Wesley, por exemplo, produziu cerca de nove mil hinos e promoveu incansavelmente o uso dos cânticos espirituais entre os/as convertidos/as.
Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto quanto a oração. Assim como os filhos de Israel, jornadeando pelo deserto, suavizavam, pela música a sua viagem, Deus ordena a Seus/suas filhos/as, hoje, que alegrem a sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficientes para fixar Suas palavras na memória, do que repeti-las em cânticos. Eles têm maravilhoso poder. Poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; para suscitar pensamentos e despertar simpatia, promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço. Eles são um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, à alma oprimida e pronta a despertar, vêm à mente algumas das palavras de Deus – as de um estribilho de um hino da infância – e as tentações perdem o seu poder, a vida assume nova significação e propósito e o ânimo e a alegria se comunicam a outras almas!
O hinário deveria ter como objetivo ampliar o uso dos hinos e cânticos nas igrejas, cultos familiares, encontros de jovens, na devoção particular. Não é para ser usado somente na congregação. A igreja deve cantar em todas as ocasiões. E, quando dizemos igreja, referimo-nos aos seus membros: crianças, jovens, adultos e idosos.
As seções do hinário contêm hinos inspiradores, abrangendo toda a mensagem bíblica pregada pela Igreja, e um conjunto de belos hinos de ajuda espiritual e fortalecimento da fé. Teve-se o máximo cuidado de se evitarem expressões que pudessem trazer confusão teológica e doutrinária. Além de tudo, algumas medidas estão sendo tomadas no sentido de se ajudar as igrejas e, principalmente, os/as seus/suas líderes musicais, a fim de que o hinário possa ser usado na sua plenitude. Estão sendo gravados em CD todos os hinos do hinário, com parte vocal e instrumental, com objetivo didático e inspiracional. Os CD’s de canções estão hoje amplamente disponíveis para todas as igrejas, abrangendo a totalidade do hinário. Infelizmente, tal procedimento (apesar de importante para comunidades carentes de músicos que possam ensinar à congregação) tem substituído a formação desses mesmos músicos. O CD, planejado apenas para ajudar, tem substituído o louvor em muitas igrejas pelas quais temos passado. Em vez de ser um acompanhamento do elemento principal, ou seja, a congregação, às vezes o substitui em forma de mensagem musical, ou tocada em volumes altíssimos durante o momento do cântico congregacional, de forma que o/a adorador/a não se ouve cantando e, portanto, sente-se inibido/a ao cantar.
O objetivo que temos é o de promover o uso do hinário nas mais diversas ocasiões da igreja e também tecer uma crítica e fazer um convite urgente: o CD não deve substituir o/a musicista, o/a qual deveria ser incentivado/a pela direção da Igreja local, já que a música o/a completa e vice-versa, de acordo com os dons de cada um/a. E mais: o CD com canções de adoração e louvor não deve, nunca, substituir a adoração da congregação; deverá ser apenas um instrumento de acompanhamento.
Nossa prece é que Deus abençoe o hinário para que seja um veículo de louvor, adoração, ânimo e encorajamento ao povo de Deus em sua peregrinação rumo à Canaã celestial.
Amém! E que a paz de Cristo esteja conosco!

Paulo Sérgio Barros - Compositor e membro da IM no Planalto
Texto enviado pelo rev. Gercymar Wellington Lima e Silva – pastor da IM no Planalto


extraído de: http://dialogopastoral.com.br/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=12&Itemid=16

Credo Histórico em Dt 26.5-9

Author: José Geraldo Magalhães Júnior

INTRODUÇÃO:
No Hinário Evangélico Metodista consta três tipos de Credos: o Credo Apostólico, o de Nicéia e o Credo da Coréia. Embora, raramente se vê um desses credos sendo recitados, eles são uma “Confissão de Fé”. O texto base do estudo de hoje, faz parte de um “Pequeno Credo Histórico” que era recitado pelo povo de Israel. Vejamos porque era necessário recitar os credos.
O livro de Deuteronômio faz parte dos cinco primeiros livros da Bíblia, chamados de Pentateuco. Milton Schwantes, especialista do AT, defende que o Pentateuco é um complexo literário aberto, pois “ao preparar a entrada na Transjordânia e ao ‘mostrar toda a terra’ (Dt 34.1) ou ao sedentarizar algumas tribos (Nm32) está assinalado que a história por ele narrada terá que ter continuação. Encontramo-la no livro de Josué (...) que conta a história de Israel desde a tomada da terra (por volta de 1200 a.C.) até o exílio babilônico (597/587 até 538 a.C.)” . Estes cinco livros são constituídos por algumas temáticas: humanidade, patriarcas, povo oprimido, deserto, Sinai/Horeb. Este texto de Dt 26.5-9 é denominado de “pequeno credo histórico” que, segundo a teologia desenvolvida por Gerhard Von Rad em Estudios sobre el Antiguo Testamento, é a grande chave para compreender a continuação do Pentateuco. A partir da análise do Credo Histórico de Dt 26.5-9, e também de textos como Dt 6.21-23 e Js 24.2-13, Von Rad argumenta que a promessa da terra a Israel está totalmente ligada com a posse da terra, por isso devemos ver os livros de Gênesis a Josué como uma unidade, assim teríamos, um hexateuco e não um pentateuco.


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