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Hinário Evangélico [Apresentação]

O hinário traz a contribuição de poetas e músicos de vários séculos e é fruto do trabalho cuidadoso da Confederação Evangélica do Brasil, que, por meio da vida e dedicação de muitos pastores, pastoras, professores, professoras, poetas, poetisas, músicos, maestros, maestrinas, tradutores, linguistas, autores, autoras, compositores e compositoras organizou essa valorosa coletânea. Para manter a memória do que foi realizado, resgatamos a história da concepção deste Hinário Evangélico.
“Na primeira edição, parcial, mencionaram-se alguns dos nomes que estão indelevelmente ligados a este empreendimento. Já agora, é imperativo fazer-se referência mais ampla a essa contribuição de talentos, tempo e perseverança, postos consagradamente a serviço da valiosa iniciativa.
A Comissão de Hinário, que cuidou do preparo das letras, foi inicialmente integrada pelo rev. Matatias Gomes dos Santos, que, por longos anos, exerceu a sua presidência, rev. prof. Otoniel Mota e dr. Henrique Jardim, todos de saudosa memória, e os reverendos Epaminondas Melo do Amaral, Franklin T. Osborn, Jaime Sanderland Cook e Antônio de Campos Gonçalves. Posteriormente, o rev. Manuel da Silveira Porto Filho sucedeu ao dr. Henrique Jardim. 
Na parte final dos trabalhos, a Comissão de Hinário foi constituída pelo rev. Rodolfo Garcia Nogueira,rev. Antônio Campos Gonçalves, que participou dos trabalhos desde o início, em dezembro de 1935, até o final, em outubro de 1961, e rev. prof. João Marques da Mota Sobrinho, que exerceu a sua presidência durante sete anos, pondo em todos eles não só a sua cultura e os seus talentos, como o coração e a alma ao serviço da hinologia evangélica, compondo hinos, traduzindo e adaptando letras, consagrando dias e meses, em anos consecutivos, a esse empreendimento, aprimorando a obra, corrigindo senões, cuidando da forma e do conteúdo e zelando pela beleza e pela unção espiritual do cântico evangélico. 
A Comissão de Música foi, a princípio, integrada pela maestrina Henriqueta Rosa Fernandes Braga e professores Alberto Ream, dr. Darcy Araújo Prado e srta. Hora Diniz Lopes, que concorreram com seu talento e a sua dedicação para a escolha da músicas dos primeiros 230 hinos, da edição preliminar do Hinário Evangélico. 
A seguir, foi organizada nova Comissão de Música, formada pelos professores João Wilson Faustini, P. Inglada e A. Zimmermann, que não só escolheu músicas para as letras restantes, como procedeu ao reestudo de todo o Hinário, apontando tônicas deslocadas, substituindo algumas músicas, fazendo novas composições e harmonizações, enriquecendo, por essa forma, a hinologia evangélica. 
Aos professores Inglada e Zimmermann foi confiada a tarefa de organizar o Hinário e preparar cinco índices, a saber: (1) dos assuntos, (2) do primeiro verso, tanto da primeira estrofe como do coro, este com grifo, (3) do metro musical, (4) do título das músicas e (5) dos compositores, autores e tradutores. 
(...) Na companhia destes se alinham outros, não menos consagrados, quer produzindo hinos sacros e concorrendo para a escolha de músicas, quer sugerindo mudanças e observando senões, ou cedendo o uso de músicas, ou de letras, à semelhança do que se deu com o hino de nº 15, Nossas Almas Jubilosas, letra original do prof. Otoniel Mota, cedida pela profª Henriqueta Rosa Fernandes Braga, para a primeira edição, parcial, deste Hinário, ainda antes de publicado em Cânticos de Natal, para o qual foi especialmente preparado. 
Se longo foi o período requerido para a conclusão da obra, proveitoso terá sido, por outra parte, porquanto cada letra e cada música puderam ser vistas e revistas, examinadas e reexaminadas, e até onde foi dado às duas comissões, alcançou-se labor aprimorado, com perfeita coincidência de tônica, e a apresentação de letras novas e novas músicas vem enriquecer a hinologia brasileira. 
Em face da impossibilidade de se excluírem de hinários evangélicos brasileiros músicas reconhecidamente tradicionais, embora não caracteristicamente sacras, a Comissão de Música teve o cuidado de escolher, preferencialmente, para a primeira e segunda partes do Hinário, para as Secções sobre a Vida de Cristo e a Igreja e Meios de Graça, músicas boas, livres de ritmos menos sacros, incluindo, entretanto, na terceira parte, sobre a Vida Cristã, músicas que, embora não perfeitas no aspecto técnico-religioso, merecem figurar em uma coletânea de letras e músicas das Igrejas Evangélicas em nossa pátria, pela aceitação que tiveram e por estarem sendo reclamadas, ainda agora, pelo Evangelismo, em geral. 
A classificação dos hinos obedeceu a novo critério, mais condizente com tendências latinas, e as músicas novas, incluídas, não poderiam, por sua natureza, deixar de figurar em um Hinário Evangélico de Igrejas como as que operam valorosamente em nossa terra. 
A quantos concorreram para que esta obra viesse a bom termo, o sincero agradecimento da Confederação Evangélica do Brasil. Que Deus abençoe o esforço feito, para que o louvor ao seu Santo Nome seja entoado pelos filhos de Deus, destes rincões do Cruzeiro do Sul, com mais perfeição, com mais ardor, com expressão espiritual e unção religiosa.” 
Texto retirado da “Apresentação” do Hinário Evangélico, 3ª edição.

382 - União com Deus [história do hino]


Quase um terço da letra deste hino consiste na repetição de uma frase que afirma o anseio declarado no título do hino: “Mais perto quero estar, meu Deus de Ti”. Trata-se da emocionante expressão de um desejo de estar mais intimamente ligado ao Pai e suas hostes angélicas, tanto na vida quanto na morte.
Não é possível compreender totalmente este hino sem recordar a história do Sonho de Jacó, relatado em Gênesis 28:10-22. Jacó, durante uma viagem, adormeceu e colocou sua cabeça sobre algumas pedras, para descansar ao por-do-sol e sonhou com uma grande estrada cujo topo tocava nos céus, com anjos subindo e descendo por ela. No topo da escada, estava o Senhor Deus, que prometeu bênçãos a Jacó e sua família, assegurando-lhe: “porque te não deixarei” (vers. 15). Surpreso, Jacó acordou no dia seguinte e fez um altar com as pedras que usara como um travesseiro e jurou: “O Senhor será meu Deus” (vers. 21).
As figuras de linguagem que se relacionam especificamente a esta passagem do Velho Testamento encontram-se no verso dois: “andando triste aqui, na solidão, paz e descanso a mim, os teus braços dão” e comparam nossa necessidade e nossos anseios com os de Jacó, quando dormiu, em sua jornada. No vers. 17 de Gên., Jacó disse que aquele não era outro lugar, senão a casa de Deus (Betel); no verso 4 do hino, (Minhas aflições deixarei ali), refletem as ações de Jacó, quando tomou as pedras e construiu um altar ao Senhor, onde derramou suas ofertas; significam que consagraremos nossas vidas - e até mesmo os pesares - ao Senhor, como Jacó.

206 - Castelo Forte [história do hino]



Letra: Martinho Luthero (1483-1546)
Música: Atr. A Martinho Luthero
Referências: II Samuel 22:2-3 e Salmos 18:1-2

Este amado e histórico hino surgiu da reforma protestante.
Hoje em Wittemberg, na Alemanha visitantes podem ler na tumba de Martinho Luthero, as palavras: “Ein feste burg ist unser Gott”. Que quer dizer: Uma grande fortaleza é o nosso Deus.
O hino datado de 1529 é uma extensão do discurso que compara nosso Deus com uma imutável fortaleza, que nos protege dos ataques de Satanás.
Ele tomou como inspiração o Salmo 46 que começa: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nos problemas”. O hino tem sido traduzido em diversas línguas e popularmente se estendeu através do cristianismo.
Martinho teve um grande testemunho e convicção da devoção musical, ele procurou estabilizar a igreja através da música.
Disse uma vez que o demônio é causador de ansiedades e problemas e que através da música podemos nos afastar dessas más influências e tornarmo-nos mais alegres.
Muitos escritores, através dos séculos, tem pago tributos à Martinho Luthero como um dos grandes escritores de hinos, e a esse hino em particular.
Samuel Taylor Coleridge, disse que Luthero fez mais pela reforma com seus hinos do que com a própria tradução que fez da Bíblia.
O alemão e poeta Heirinch Heine disse que Luthero era uma grande fortaleza, era a
marseilleise da reforma protestante.
Outros hinários incluíram este hino com quatro versos, e foi traduzido em 1805-1890 pôr Frederiek H. Hedge.