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254 - Das Profundezas


[1]
Do fundo de um abismo, ó Deus,
Eu faço ouvir meu grito.
Atenta lá dos altos céus
Na dor do pobre aflito.
Mas ai! Como hei de suportar
Teu penetrante e puro olhar,
Se lembras meu delito?

[2]
Contigo, eu sei, está o perdão
Por isso em ti confio.
Ninguém te invocará em vão,
Porque és benigno e pio.
Sim, só a ti invocarei.
Em tua graça esperarei,
Pois de obras não me fio.

[3]
Oh! Como é forte em nós o mal!
Mas é mais forte a Graça.
Se a pena é dura, e é fatal,
Frustrou-lhe Deus a ameaça,
Pois quer salvar o pecador
E para em segurança o pôr,
O rumo em luz lhe traça.

[4]
Com ânsia espero o meu Senhor,
Qual triste noite e aurora;
Porque o meu Deus é Deus de amor
E o fraco revigora.
Diante do Guarda de Israel,
Deus sábio, justo, bom, fiel,
Minha alma ajoelha e adora!

Rev. João Marques da Mota Sobrinho